sábado, 23 de agosto de 2014

O despertar de uma nova consciência

Eckhart Tolle
"O despertar de uma nova consciência” é um livro que vale a pena ser lido. Eckhart Tolle nos ensina a importância de estarmos conscientes, em vez de vivermos na identificação com os pensamentos. Estarmos presentes em tudo o que  realizamos é a melhor maneira de praticarmos a espiritualidade.
Eckhart Tolle é um autêntico sábio, enviado à terra para projetar luz sobre a obscuridade dos tempos atuais.

            Seguem algumas passagens mais relevantes do livro
Sempre que não encobrimos o mundo com palavras e rótulos, retorna à nossa vida a sensação do milagre, que foi perdida muito tempo atrás, quando a humanidade, em vez de usar o pensamento, deixou-se possuir por ele.
                           
O Ser deve ser sentido. Não pode ser pensado. O ego não o conhece porque ele se compõe apenas de pensamento. “Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos Céus”, disse Jesus. O que significa “humildes de espírito?”. Nenhuma bagagem interior, nenhuma identificação. Nenhuma relação com coisas e com conceitos mentais. E o que é o “Reino dos Céus?”. A simples, porém profunda alegria do Ser, que está presente, quando abandonamos as identificações e nos tornamos “humildes de espírito”.

 O ego é, invariavelmente, a identificação com a forma. As formas não são apenas objetos materiais e corpos físicos. Mais essenciais do que essas formas externas são as formas de pensamento que surgem de modo contínuo no campo da consciência. Elas são formações energéticas, mais sutis e menos densas do que a matéria física, porém são formas de qualquer maneira.

Descartes deu expressão a esse erro fundamental (o esquecimento do Ser pela identificação com a forma) através da máxima: ”Penso, logo existo”. Essa foi a resposta que ele encontrou para a pergunta: “Há alguma coisa que eu possa saber com certeza absoluta?”. Descartes compreendeu que o fato de estar sempre pensando estava além de toda a dúvida; assim, igualou o pensamento ao Ser. Em vez da verdade suprema, ele havia detectado a origem do ego, mas não sabia disso.
 
 Passaram-se quase 300 anos, antes que outro renomado filósofo francês visse algo naquela afirmação que Descartes não havia percebido. Seu nome era Jean-Paul Sartre. Ele refletiu muito sobre a afirmação de Descartes e, de repente, compreendeu algo. Em suas próprias palavras: “A consciência que afirma ‘eu sou’ não é a consciência que pensa”. O que ele quer dizer com isso?. Quando estamos conscientes de que estamos pensando, essa consciência não parte do pensamento. É uma dimensão diferente de consciência.

Se não houvesse nada além do pensamento em nós, nem sequer saberíamos que pensamos. Seríamos como alguém que está sonhando e não sabe que está fazendo isto. Estaríamos identificados com cada pensamento, assim como aquele que sonha está identificado com cada imagem do sonho.
 
A consciência é o poder oculto dentro do momento presente. É por isso que podemos chamá-la de presença. O propósito supremo da existência humana é trazer esse poder ao mundo.
                
Depois que compreendemos que todas as estruturas (formas) são efêmeras, a paz surge dentro de nós. Isso acontece porque o reconhecimento da impermanência de todas as formas nos desperta para a dimensão do que não tem forma no nosso interior, o que está além da morte. Jesus chama isso de “vida eterna”.
 
A causa primeira da infelicidade nunca é a situação, mas os pensamentos sobre ela. Portanto, tome consciência dos pensamentos que estão lhe ocorrendo. Separe-os da situação, que é sempre neutra – ela é como é. Encarar os fatos é sempre fortalecedor. Tome consciência de que, na maioria das vezes, o que você pensa é o que cria suas emoções – observe a ligação entre eles. Em vez de ser seus pensamentos e suas emoções, seja a consciência por trás deles.

sábado, 9 de agosto de 2014

Sumo dos textos (3)

Osho
Quando um sentimento contra ou a favor de uma pessoa surgir, não o coloque na pessoa em questão, mas permaneça centrado.

Para esta técnica, lembre-se de que você é a fonte de tudo o que está projetando nos outros; lembre-se sempre disso. E sempre que houver um sentimento contra ou a favor, feche seus olhos, volte-se para dentro e olhe para a fonte de onde vem esse amor ou essa raiva.

Um dos maiores mestres zen, Lin-Chi, costumava dizer:  “Quando eu era jovem, adorava andar de barco. Tinha um pequeno barco e ia para o lago sozinho. Era capaz de ficar ali durante horas.

Um dia aconteceu que, de olhos fechados, eu estava meditando no meu barco sobre a noite tão maravilhosa. Um barco vazio veio flutuando com a correnteza e bateu no meu. Meus olhos estavam fechados e então eu pensei: ‘alguém está batendo o seu barco contra o meu’. Senti raiva.

Abri os olhos e já ia dizer alguma coisa com raiva para aquela pessoa. Então percebi que o barco estava vazio. Não havia jeito de me extravasar. A quem eu poderia expressar a minha raiva? O barco estava vazio. Estava apenas flutuando na correnteza. Chegou e bateu no meu barco” 

Então Lin-Chi falou: “Fechei meus olhos. A raiva estava ali presente, mas não achava um jeito de sair. Fechei os olhos e simplesmente comecei a navegar naquela raiva. E o barco vazio tornou-se a minha realização.

Naquela noite silenciosa cheguei a um ponto dentro de mim. Aquele barco vazio foi o meu guru. E agora, se alguém vem num barco e me insulta, dou risada e digo que este barco também está vazio. Fecho os olhos e vou para dentro”.

Use esta técnica. Ela poderá fazer milagres com você.

sábado, 2 de agosto de 2014

Sumo dos textos (2)

Paco Rabane
Se eu tivesse uma mensagem, seria esta: “Atenção, o que veem aqui em baixo não é tudo. E o resto vos é acessível, com esforço, se souberem encontrar as chaves.

As chaves não são inacessíveis; trazemo-las dentro de nós mesmos. “Explora as tuas entranhas e encontrarás a pedra oculta”.

O Conhecimento está oculto, semelhante à deusa egípcia Isis, que aparecia com o rosto escondido por um véu. Este véu é, em primeiro lugar, o mundo material, cujas aparências enganosas nos escondem o essencial.

A meditação permite-nos aceder diretamente a Deus. Não há nenhuma necessidade de intermediário. Pelo amor e pela oração, nós nos comunicamos com Deus.

Cada homem, cada mulher tem em si o seu duplo feminino ou masculino. A unidade está oculta no fundo de nós mesmos. É por isso que o Alquimista nos diz: “Desce às tuas entranhas, como Orfeu aos infernos, para encontrar Eurídice; como Dante em busca de Beatriz, e tornar-te-ás  um ser completo, um Jano, um rei-rainha coroado; tornar-te-ás o andrógino sagrado e não serás mais que Um com Deus.

No momento de sua encarnação, o nosso ser foi bruscamente cindido em dois, na dor. Ele, que era andrógino num plano vibratório, tornou-se homem ou mulher sobre a terra.

Hoje, a minha oração é raramente formulada. Ela consiste principalmente em criar o vazio interior, em impor-me o silêncio total.

Sogyal Rinpoche
 Se a mente não é condicionada, aparece espontaneamente imbuída de uma felicidade sublime, assim como a água se mostra transparente e límpida, quando não é agitada.

Cientistas e médicos descobriram que, quando se está em boa disposição de espírito, até mesmo as células do seu corpo estão mais felizes, e quando sua mente está num estado negativo, suas células podem se tornar malignas. O estado geral de sua saúde tem muito a ver com o estado da sua mente.

A dádiva de aprender a meditar é o maior presente  que você possa se dar nesta vida. Porque é apenas através da meditação que você pode empreender a jornada para descobrir sua verdadeira natureza e, assim, encontrar a estabilidade e a confiança de que necessitará para viver e morrer bem. A meditação é o caminho para a iluminação.