sábado, 10 de outubro de 2015

Técnica de Centralização 1

O s h o

                    Técnica de Centralização 1
                              O s h o



"Quando um sentimento contra ou a favor de uma    pessoa surgir, não o coloque na pessoa em questão, mas permaneça centrado."

Quando surge um sentimento de ódio contra uma pessoa ou o sentimento de amor por alguém, que fazemos? Nós o projetamos sobre a pessoa. Se você sente raiva de mim, esquece completamente de si mesmo nessa raiva; eu apenas me torno o seu objeto. Se sente amor por mim, você esquece completamente de si mesmo; só eu me torno o objeto. Você projeta seu amor, seu ódio ou qualquer outro sentimento sobre mim. Você se esquece completamente do centro interior do seu ser; o outro se torna o centro.

Este sutra diz que, quando o ódio, o amor ou outro sentimento qualquer a favor ou contra alguém surgir, “não o projete na pessoa em questão”. Lembre-se: você é a fonte. Quando sentir raiva, não vá para a pessoa a quem ela está sendo dirigida, mas sim para o centro de onde ela vem. Use a sua raiva, o seu amor ou qualquer outra coisa como uma jornada em direção ao seu centro interior até a fonte.
 

Para esta técnica, lembre-se de que você é a fonte de tudo o que está projetando nos outros; lembre-se sempre disso. E sempre que houver um sentimento contra ou a favor, feche seus olhos, volte-se para dentro e olhe para a fonte de onde vem esse amor ou essa raiva. O ódio, o amor, tudo vem da sua fonte. E é fácil chegar à fonte no momento em que se está amando ou odiando, porque então você está quente. É fácil entrar nessa hora. O fio está quente e você pode usá-lo. Pode ir para dentro com esse calor. E quando atingir lá dentro um ponto frio, de repente perceberá uma dimensão diferente, um mundo diferente se abrindo à sua frente. Use a raiva, use o ódio, use o amor para entrar.
 
Um dos maiores mestres zen, Lin-Chi, costumava dizer: “Quando eu era jovem, adorava andar de barco. Tinha um pequeno barco e ia para o lago sozinho. Era capaz de ficar ali durante horas.Um dia aconteceu que, de olhos fechados, eu estava meditando no meu barco sobre a noite tão maravilhosa. Um barco vazio veio flutuando com a correnteza e bateu no meu. Meus olhos estavam fechados e então eu pensei: ‘alguém está batendo o seu barco contra o meu’. Senti raiva. Abri os olhos e já ia dizer alguma coisa com raiva para aquela pessoa. Então percebi que o barco estava vazio. Não havia jeito de me extravasar. A quem eu poderia expressar a minha raiva? O barco estava vazio. Estava apenas flutuando na correnteza. Chegou e bateu no meu barco”

Então Lin-Chi falou: “Fechei meus olhos. A raiva estava ali presente, mas não achando um jeito de sair. Fechei os olhos e simplesmente comecei a navegar naquela raiva. E o barco vazio tornou-se a minha realização. Naquela noite silenciosa cheguei a um ponto dentro de mim. Aquele barco vazio foi o meu guru. E agora, se alguém vem num barco e me insulta, dou risada e digo que este barco também está vazio. Fecho os olhos e vou para dentro”. 

Use esta técnica. Ela poderá fazer milagres com você.

sábado, 3 de outubro de 2015

Rumo à Consciência Cósmica

Huberto Rohden
       


               RUMO À CONSCIÊNCIA CÓSMICA
                          Huberto Rohden




A presença do Infinito em todos os finitos é um fato universal. Assim, a presença de Deus no homem é uma realidade objetiva, mas o que resolve os problemas do homem não é o fato da presença divina, e sim a consciência dessa presença.

Enquanto o homem não conscientizar, nitidamente, o fato da presença de Deus nele, continua a ser pecador, doente, infeliz, mortal, sujeito às misérias do ego. Mas, a partir do momento em que ele desperta para a consciência da presença de Deus nele, acabam as misérias geradas pelo ego e principiam as grandezas nascidas do Eu.

O homem de consciência cósmica não identifica o “reino de Deus” com as profanidades da vida, nem aguarda a inauguração desse reino após a morte e em alguma região longínqua do Universo. Ele sabe, por experiência própria, que o reino de Deus está dentro do homem, embora como “tesouro oculto”, e sabe, também, que esse tesouro oculto pode ser descoberto.                  

"Somente o nosso consciente obscurecido é que nos torna cegos para as glórias do mundo espiritual, no qual vivemos. O homem que tem a permanente consciência da presença de Deus vive, agora mesmo, na harmonia do seu reino, numa atitude interna inatingível pelas vicissitudes dos fenômenos externos".

Albert Einstein, que era um grande luminar, afirma: “O descobrimento das leis da natureza – a ciência – torna o homem erudito, mas não torna o homem bom. O homem bom é aquele que realiza os valores que estão dentro de sua consciência. Do mundo dos fatos,  que é a ciência, não conduz nenhum caminho para o mundo dos valores, que é a consciência. Fatos não produzem valores, porque os valores vêm de outra região.”

Se o homem conseguir esvaziar-se completamente de todos os conteúdos do seu ego humano, infalivelmente vai ser invadido pela alma do Universo, que não está fora dele, mas dentro dele mesmo. Essa invasão é automática, mas o esvaziamento do nosso ego é nossa tarefa própria. E aqui está a grande dificuldade. O nosso querido ego não quer ser esvaziado das suas atividades, porque ele não sabe nada fora disso.

Todas as forças do Universo estão dentro de nós, dentro do nosso verdadeiro Eu, que é Deus em nós. Mas, enquanto o homem não tem consciência dessa força, ela não atua, e é como se não existisse. O homem de fé, isto é, cônscio de sua força, é onipotente.