sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

A Cura pela Meditação

Cristina Cairo
Cristina Cairo sofria de um grave desvio de vértebras que lhe ocasionava muitas dores. Como ela relata, “Um dia as dores estavam tão insuportáveis que caí de joelhos em pranto e implorei a Deus que acabasse com aquele sofrimento e que, com suas mãos, tirasse toda a dor que nenhum medicamento conseguia sanar”. Ela foi curada e hoje dedica sua vida a ministrar cursos e proferir palestras, com ênfase na prática da Meditação.

A Cura pela Meditação

Em minha grande jornada de palestras e cursos, pude perceber a dificuldade que muitas pessoas têm de entender ou aceitar o caminho da meditação para a solução dos seus problemas. Compreendo essa resistência, porque já estive nessa mesma posição tempos atrás.

Hoje, quando menciono em minhas palestras a importância da busca interior para a solução dos problemas, percebo no rosto de algumas pessoas a mesma indignação que senti no passado.

Após tantas buscas, tropeços e sofrimentos, a vida lançou-me nos braços do meu interior. Mas antes que isso ocorresse, esgotei todos os caminhos que percorri e só encontrava resultados temporários. Quando pensava ter achado a resposta para as minhas dores físicas, morais e espirituais, tudo voltava a ser como antes.

Encontrei até quem me dissesse que as respostas já estavam dentro de mim, mas já que eu não sabia como falar comigo mesma, continuava no desespero.

Com isso aprendi que, quando a alma amadurece, conseguimos enxergar que as soluções não seguem regras e o inesperado deve ser aceito como resposta.

Todo sofrimento traz um ensinamento e se a pessoa não perceber, será engolida pela dor e pelo desespero. Por isso, resolvi escrever este livro sobre meditação e as leis universais, para mostrar que esse conhecimento tão antigo leva à conscientização e à felicidade.

Querido leitor, para que você comece bem a sua jornada rumo à meditação, saiba que o primeiro passo é aprender a olhar para si mesmo. A solução para os problemas está na sabedoria que reside em nossa essência e, para alcançá-la, precisamos aprender a meditar. Despertar, acordar a consciência e sentir paz de espírito é uma tarefa que ninguém pode fazer por nós.

Olhe para dentro de si e descubra a sua criança, a parte pura e inocente de você mesmo, que precisa ser socorrida. Resgate-a, assim como um pai ou uma mãe que não medem esforços para dar ao filho o que ele precisa, dando até a própria vida.

Medite sem ansiedade e sem desejos e vá retirando os véus da ilusão e do medo, até encontrar o portal da luz. Meditar é viver aventuras que jamais serão encontradas no plano visível, mas podemos sentir e ver os seus efeitos no cotidiano de nossa vida.

sábado, 16 de dezembro de 2017

A Testemunha

Wayne Dyer

Todos os nossos problemas nascem da identificação com os pensamentos. É, pois, necessário que os observemos, e este é o papel da testemunha ou observador que existe em nós e que constitui a nossa verdadeira identidade. Wayne Dyer, um mestre em psicologia e espiritualidade, nos apresenta um caso que bem exemplifica essa realidade.

A Testemunha

Alguns anos atrás, tive uma paciente que sofria do que ela chamava tristeza terminal. Descrevia seus sentimentos com frases do tipo: “Cada parte de mim está deprimida. Estou deprimida o dia todo. Acordo deprimida e vou dormir deprimida. Parece que não posso livrar-me desta horrível sensação de depressão.”

Um dia perguntei-lhe algo que marcou a virada na sua vivência dessa tristeza, que caracterizava sua vida cotidiana.

- Diga-me – eu perguntei -, você tem notado esta depressão mais frequentemente nas últimas semanas?

Ela respondeu:

- Sim, notei que ela se alastra  mais e mais por tudo o que faço.

- Agora pense com bastante cuidado antes de responder – prossegui. – A pessoa que nota está deprimida?

Ela me pediu para repetir a pergunta.

- A pessoa que nota está deprimida? Eu repeti.

Ela ficou perplexa e sem resposta. Mas, pela primeira vez, pôde perceber que existia um outro aspecto de si mesma, além da sua depressão. Esse aspecto era a parte dela que notava a sua depressão.

Esta pessoa que notava era a testemunha, o observador que podia ficar preso na depressão. A entidade invisível, disforme, sem limites, era seu Eu superior, a presença amorosa. Antes daquela sessão, ela nunca se deparara com essa parte de si mesma.

Levei vários meses ensinando essa mulher a parar de identificar-se com os pensamentos e sentimentos depressivos. Aprendeu a dissociar-se deles e contemplá-los da perspectiva da testemunha compassiva, fora de seus pensamentos e fora do seu corpo físico.

Tornar-se testemunha é um ato de amor. Ela retira você do mundo de limites e formas, permitindo-lhe entrar no espaço do amor puro.

Comece agora, portanto, a observar fatos que dizem respeito à sua vida. Observe se está sereno ou ansioso. Observe sua aparência física. Observe tudo. Lembre-se que existe uma atividade chamada observar, e ela inclui quem observa e aquilo que está sendo observado. Concentre-se em ser quem observa e acostume-se a frequentar mais esse local da sua mente na sua vida cotidiana.

sábado, 9 de dezembro de 2017

Deixe entrar o novo em sua casa e em você

Paulo Coelho
  
Você tem o hábito de juntar objetos inúteis, acreditando que um dia (não sabe quando) poderá precisar deles?

Você tem o hábito de guardar roupas, sapatos, móveis, utensílios domésticos e outros tipos de equipamentos que já não usa há um bom tempo?

E dentro de você? Você tem o hábito de guardar mágoas, ressentimentos, raivas e medos?

Não faça isso. É anti-prosperidade. É preciso criar um espaço, um vazio, para que as coisas novas cheguem à sua vida. É preciso eliminar o que é inútil em você e na sua vida, para que a prosperidade venha. É a força desse vazio que absorverá e atrairá tudo o que você almeja.

Enquanto você estiver material ou emocionalmente carregado de coisas velhas e inúteis, não haverá espaço aberto para novas oportunidades. Os bens precisam circular. Limpe as gavetas, os guarda-roupas, o quartinho lá do fundo, a garagem. Dê o que você não usa mais. Venda, troque, movimente e não acumule.

Dê espaço para o novo.

A atitude de guardar um monte de coisas inúteis amarra sua vida. Não são os objetos guardados que emperram sua vida, mas o significado da atitude de guardar. Quando se guarda, considera-se a possibilidade da falta, da carência. É acreditar que amanhã poderá faltar, e você não terá meios de prover suas necessidades.

Com essa postura, você está enviando duas mensagens para o seu cérebro e para a vida: primeiro, você não confia no amanhã e, segundo, você acredita que o novo e o melhor não são para você, já que se contenta em guardar coisas velhas e inúteis

Uma faxina básica, apesar da trabalheira e do cansaço que provoca, ao final é sempre bem-vinda. Arejar espaços, fora e dentro da gente faz um bem enorme!  Vamos lá. Mãos à obra! Desfaça-se do que perdeu a cor e o brilho e deixe entrar o novo em sua casa e em você!