Elisabeth Kubler-Ross |
Em
entrevistas, ela resume convicções baseadas em suas próprias pesquisas
científicas: “A morte é apenas uma transição para uma outra forma de
vida. O instante da morte é uma experiência única, bela, libertadora,
que se vive sem medo nem angústia”.
Hans
Küng, um conhecido teólogo suíço, salienta a importância dessa mulher
corajosa e diz que não somente os teólogos, mas um número incalculável
de pessoas, lhe são infinitamente reconhecidos, pois ela, ao abordar
essas questões sobre a morte, quebrou um velho tabu e abriu a medicina
para um tema tão importante.
Elisabeth
Kubler-Ross escreveu vários livros, dentre os quais se destacam: “Sobre
a morte e o morrer”, “A Roda da Vida” e “A morte – um amanhecer”.
Para
ela, as pessoas portadoras de uma doença terminal passam por várias
fases, em relação à sua doença. Podemos resumi-las em “não-aceitação”,
incluindo queixas, revolta, depressão e, finalmente, aceitação, fase em
que a pessoa não se identifica mais com o corpo e experiencia a paz da
consciência.
“Sobre
a morte e o morrer”, há um fato que devo mencionar. Depois de ler o
livro, ofereci-o a meu médico, Dr. Joaci Medeiros. Percebendo a
importância do assunto, tão pouco conhecido por seus colegas, ele
resolveu oferecer um exemplar do livro ao Presidente da Unimed
Fortaleza. Eu soube, algum tempo depois, que a Unimed adquiriu cerca de
100 exemplares do livro e os distribuiu a médicos, sobretudo aos que
trabalhavam nas UTI´s.
“Roda
da Vida” foi o último livro que ela escreveu. Trata-se de uma
autobiografia, em que são descritos os fatos de maior relevância
em sua vida.
Elisabeth
Kubler-Ross é uma cientista, cuja vida foi dedicada à compreensão de
uma realidade tão temida e negada por quase todas as pessoas: a morte.
Mas ela, enfrentando os preconceitos de seus colegas de medicina,
persistiu com tenacidade na busca da verdade que, mais cedo ou mais
tarde, é sempre vitoriosa
Como
ela diz: "É muito importante saber que, se você tiver uma consciência
clara e se estiver fazendo o seu trabalho com amor, os outros o
desmoralizarão e tentarão arruinar a sua vida. E depois de dez anos,
entretanto, você terá dezoito doutorados pelo mesmo tipo de trabalho."
Para finalizar, transcrevo o que constitui a essência de seu pensamento sobre a morte:
"Quando
acabamos de fazer tudo o que viemos fazer aqui na Terra, podemos sair
de nosso corpo, que aprisiona nossa alma como um casulo aprisiona a
futura borboleta. E, na hora certa, podemos deixá-lo para trás, e não
sentimos mais dor, nem medo, nem preocupações - estamos livres como uma
linda borboleta voltando para casa, para Deus..."
"Quando acabamos de fazer tudo o que viemos fazer aqui na Terra, podemos sair de nosso corpo, que aprisiona nossa alma como um casulo aprisiona a futura borboleta. E, na hora certa, podemos deixá-lo para trás, e não sentimos mais dor, nem medo, nem preocupações - estamos livres como uma linda borboleta voltando para casa, para Deus..."
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