J.S. |
Sarques, eu tenho notado que você se modificou muito de uns poucos anos para cá. Poderia nos dizer o que ocorreu?
Sim, sinto imensa satisfação em poder comunicar aos outros as experiências que tenho vivido. Você, certamente, já ouviu falar em despertar, nascer de novo, autotransformação. Pois é o que vem acontecendo comigo. Posso dizer que já não sou o mesmo de alguns anos atrás. Vejo as coisas de uma maneira nova; percebo realidades que antes estavam ocultas para mim. Essas novas realidades fizeram de mim uma outra pessoa, embora na aparência continue o mesmo.
Quem o orientou para trilhar este Caminho?
O início desse processo foi o meu encontro com Krishnamurti. Com ele, pude compreender como eu era prisioneiro de meu condicionamento. Livrar-me desse passado, atuante em minha memória, tem sido a minha tarefa fundamental nos últimos tempos. E posso dizer que o esforço não foi inútil, pois os frutos começam a aparecer.
Você poderia nos dar algumas pistas de como conseguir essa liberação do passado?
O essencial consiste na observação da mente, pois é através desta que é veiculado todo o nosso passado. Observar os pensamentos que desfilam na mente, sem os expulsar, sem condenar, sem julgar. Apenas estar cônscio deles. A princípio a tarefa é difícil, porque estamos muito identificados com o nosso passado. Mas, com o tempo, adquirimos certo distanciamento, e nosso esforço começa a produzir os primeiros resultados. Para se chegar a esse ponto, a observação da mente não deve ser feita de modo esporádico, mas como um trabalho contínuo, paciente e perseverante.
Sarques, estou curioso em saber que relação pode existir entre a observação da mente e a autotransformação?
A sua pergunta tocou num ponto essencial. Sem a observação da mente não é possível a pessoa despertar do sono em que vive. É que os pensamentos constituem verdadeiras nuvens de fumaça que impedem a percepção da realidade. Sem esse trabalho de observação, as pessoas têm ouvidos, mas não ouvem; têm olhos, mas não vêem, pois o que ouvem e vêem são as projeções da própria mente. O que opera a autotransformação é o abandono dessas projeções e a volta ao ser, ao real, o reencontro do filho com o lar paterno.
Teria ainda muita coisa a dizer a esse respeito, mas vou ficando por aqui e espero que tudo isso mereça uma reflexão de sua parte.
Sim, sinto imensa satisfação em poder comunicar aos outros as experiências que tenho vivido. Você, certamente, já ouviu falar em despertar, nascer de novo, autotransformação. Pois é o que vem acontecendo comigo. Posso dizer que já não sou o mesmo de alguns anos atrás. Vejo as coisas de uma maneira nova; percebo realidades que antes estavam ocultas para mim. Essas novas realidades fizeram de mim uma outra pessoa, embora na aparência continue o mesmo.
Quem o orientou para trilhar este Caminho?
O início desse processo foi o meu encontro com Krishnamurti. Com ele, pude compreender como eu era prisioneiro de meu condicionamento. Livrar-me desse passado, atuante em minha memória, tem sido a minha tarefa fundamental nos últimos tempos. E posso dizer que o esforço não foi inútil, pois os frutos começam a aparecer.
Você poderia nos dar algumas pistas de como conseguir essa liberação do passado?
O essencial consiste na observação da mente, pois é através desta que é veiculado todo o nosso passado. Observar os pensamentos que desfilam na mente, sem os expulsar, sem condenar, sem julgar. Apenas estar cônscio deles. A princípio a tarefa é difícil, porque estamos muito identificados com o nosso passado. Mas, com o tempo, adquirimos certo distanciamento, e nosso esforço começa a produzir os primeiros resultados. Para se chegar a esse ponto, a observação da mente não deve ser feita de modo esporádico, mas como um trabalho contínuo, paciente e perseverante.
Sarques, estou curioso em saber que relação pode existir entre a observação da mente e a autotransformação?
A sua pergunta tocou num ponto essencial. Sem a observação da mente não é possível a pessoa despertar do sono em que vive. É que os pensamentos constituem verdadeiras nuvens de fumaça que impedem a percepção da realidade. Sem esse trabalho de observação, as pessoas têm ouvidos, mas não ouvem; têm olhos, mas não vêem, pois o que ouvem e vêem são as projeções da própria mente. O que opera a autotransformação é o abandono dessas projeções e a volta ao ser, ao real, o reencontro do filho com o lar paterno.
Teria ainda muita coisa a dizer a esse respeito, mas vou ficando por aqui e espero que tudo isso mereça uma reflexão de sua parte.