Nancy Qualls-Corbett |
Apaixonar-se é sempre o resultado de uma projeção; não é sentimento maduro de respeito e admiração pelo outro; ao contrário, ama-se um aspecto de si mesmo.
Quando a projeção é retirada, a realidade da pessoa é percebida e pergunta-se então: “O que via eu nele (ou nela)?”.
Para que a mulher se possa tornar mais do que apenas o reflexo de seu amante, a projeção tem que ser conscientemente extirpada. Ela precisa conseguir entender que as qualidades que ela vê nele estão, na realidade, dentro dela própria.
Nesse ponto, ela consegue também apreciar a força madura do masculino, o deus dentro dela, sem perder a conexão com sua natureza feminina.
Todo homem carrega dentro de si uma eterna imagem de mulher, que não é a imagem desta ou daquela mulher em particular, mas uma imagem feminina definida.
Essa imagem é fundamentalmente inconsciente, fator hereditário de origem primordial, gravado no sistema orgânico vivo do homem, uma impressão ou um “arquétipo” de todas as experiências antepassadas da mulher.
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