Krishnamurti |
É uma coisa extraordinária o autoconhecimento. O caminho da realidade, daquela imensidão desconhecida, não passa pela porta de uma igreja nem por livro nenhum, mas apenas pela porta do autoconhecimento.
Esse aprender acerca de si próprio é uma atividade fascinante, portadora de grande alegria. É só em silêncio que se aprende e o Amor é o silêncio absoluto.
A separação entre o observador e a coisa observada é a palavra, a imagem, a memória - o espaço onde se verifica todo o conflito.
Meditação é aquele estado de percepção em que existe atenção para cada pensamento e cada sentimento e, em virtude dessa atenção, há silêncio e nesse silêncio, sem o procurarmos, pode apresentar-se o Desconhecido.
Para que precisamos de outras pessoas, se o tesouro está todo inteiro em nós mesmos?
Por “sensibilidade” entendo a capacidade de percepção, a capacidade de ouvir, ver, sentir.
Devemos olhar essa vida, que é imensa e ilimitada, com olhos que estejam somente a observar. Os fatos não exigem opiniões, juízos; exigem apenas que os observemos. O que põe termo ao sofrimento é a observação atenta a tudo o que fazeis.
Não existe medo de espécie alguma em face do momento real e vivo. Esta é uma coisa extraordinária para a própria pessoa descobrir. O pensamento é desatenção e esta é que gera o medo.
Experiência, conhecimento, memória, pensamento, ação. É assim que somos programados. Todos os nossos problemas são criados pelo pensamento e a mente é treinada para resolver os problemas com mais pensamento. Assim, o pensamento cria o problema e, depois, tenta resolvê-lo.
Quando vedes com a memória - com a mente - vedes o que existiu e não o que realmente existe. O medo não existe quando o olho. Só quando fujo - como costumo fazer - só então há medo. Observando objetivamente a dor, será possível pôr-nos fora de seu alcance.
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