Rudolph Tanzi 1958 |
Em 1906, o Dr. Alois Alzheimer , psiquiatra e neuropatologista alemão, foi o primeiro a descrever a doença em uma senhora de 55 anos. O Dr. Alzheimer diz que quando entrou no quarto dessa senhora, ela estava sentada na cama e sofria de perda da memória e tinha alucinações. O médico também anotou que, durante a noite, muitos funcionários eram acordados por seus angustiados gritos de "Oh, meu Deus, eu me perdi". Essa pequena descrição define perfeitamente essa horrível doença: ela rouba a pessoa de si mesma.
Atualmente, a doença de Alzheimer vem se tornando cada vez mais predominante, chegando a proporções epidêmicas nos Estados Unidos e em outros países do Ocidente. Em 2016, havia quase 5,5 milhões de pacientes nesse país. Em 2017, previa-se que o Alzheimer e demências correlatas deveriam custar ao sistema de saúde dos Estados Unidos cerca de 259 bilhões de dólares.
Por volta dos 85 anos, a pessoa tem entre 30 e 40 por cento de chance de apresentar os sintomas da enfermidade. Regra geral, todos nós temos um declínio mental à medida que envelhecemos. Em algum ponto, depois dos 50 ou 60 anos, podemos começar a ter problemas para lembrar nomes e palavras. Talvez também comecemos a esquecer onde colocamos as coisas ou vivenciemos "momentos de velhice". Mas só o fato de nosso cérebro começar a desacelerar não significa que precisamos entrar em pânico. As falhas de idade são compensadas com mais sabedoria, mais suavidade . As pessoas sossegariam se soubessem que ter momentos de velhice não indica necessariamente início de Alzheimer. Não saber onde colocou as chaves não é problema, é apenas um sinal de distração ou de falta de atenção.
Podemos lidar com um pouquinho de Alzheimer no cérebro sem vir a ter demência. Denominamos isso resiliência, que põe em jogo a capacidade do cérebro de compensar o declínio cognitivo. O que faz uma pessoa ser resiliente em relação ao Alzheimer? Um dos fatores é chamado de "reserva cognitiva". Quanto maior é a quantidade de conhecimento que a pessoa acumulou e aprendeu, por exemplo, através de um nível de instrução mais elevado, maior é o número de sinapses do cérebro. Já que o grau de demência dos pacientes de Alzheimer está intimamente relacionado à perda de sinapses, quanto mais sinapses tivermos, mais podemos perder, antes que os problemas comecem. Assim, continuar a aprender coisas novas é muito importante à medida que envelhecemos. Quando você planejar sua aposentadoria, pense em sua reserva cognitiva tanto quanto em sua reserva financeira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário