Wayne Dyer 1940-2015 |
Esse saber calmo me fez levantar, juntar as mãos e dizer uma prece silenciosa por ela. Éramos de partes diferentes do mundo e nem mesmo compartilhávamos o mesmo idioma, mas me sentia conectado a ela. Sentia-me sereno, com o conhecimento de que seu espírito e o meu estavam de algum modo conectados pelo mistério da natureza transitória e efêmera de nossas vidas físicas.
Enquanto me afastava, a dor da morte não estava dominando meus pensamentos; em vez disso, eu sabia e sentia que a partida do espírito dessa mulher, do que era agora um corpo sem vida e inchado, fazia parte, inexplicavelmente, da perfeita ordem divina, Eu não tinha como prová-lo. Não possuía provas científicas, eu não achava isso — sabia isso. Esse é um exemplo do que quero dizer com conhecimento silencioso. Ainda sinto sua presença enquanto escrevo, 24 horas depois.
Em "O poder do silêncio," Carlos Castañeda descreve o conhecimento silencioso como “algo que todos nós temos, algo que tem mestria e conhecimento completos de tudo. mas não consegue pensar; portanto, não consegue falar do que sabe. O homem renunciou ao conhecimento silencioso pelo mundo da razão; quanto mais se agarra ao mundo da razão, tanto mais efêmero se torna o intento”.
Um grande mestre da minha vida, Krishnamurti, disse: "Estar vazio, completamente vazio, não é uma coisa terrível; é fundamental para a mente estar vazia, livre, pois só então ela pode mover-se para profundidades desconhecidas".
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