quinta-feira, 1 de maio de 2014

Khalil Gibran

Khalil Gibran
Khalil Gibran nasceu no Líbano em 1883 e, apesar de ter vivido apenas 48 anos, deixou uma extensa obra literária, conhecida em todo o mundo. Seus escritos primam pela beleza e sabedoria
Sempre senti afinidade com Khalil Gibran, pois além de ser compatriota de meu pai, ele me deu muita tranqüilidade por ocasião do falecimento da Celeste, minha esposa.

 Estava, então, lendo um de seus livros, “A Voz do Mestre” e me deparei com uma passagem que, em resumo, dizia: “A morte não significa aniquilamento, mas sim um portal através do qual as almas penetram valorosamente, quando abandonam a vida terrena e ingressam na luminosa região do nosso lar cósmico.” Essas palavras constituíram para mim um bálsamo derramado sobre as feridas daquela perda.

A obra mais conhecida de Khalil Gibran é o livro “O Profeta”, no qual são abordados diversos temas. Mas o que me despertou maior interesse foi o que fala das crianças. Khalil Gibran nos dá uma visão espiritual da educação, que ainda hoje seria de muita valia, se fosse colocada em prática pelos pais.

Vejamos uma parte do diálogo:

Uma mulher que carregava uma criança nos braços disse: "Fala-nos dos filhos."
E ele falou:
Vossos filhos não são vossos filhos.           
São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma.           
Vêm através de vós, mas não de vós.           
E embora vivam convosco, não vos pertencem.           
Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos,           
Porque eles têm seus próprios pensamentos.           
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas,           
Pois suas almas moram na mansão do amanhã,           
Que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho.           
Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós,           
Porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados.

 Para concluir, transcrevo estas palavras, que bem demonstram o grau de sabedoria de Khalil Gibran:

“Procure o conselho dos mais velhos, pois seus olhos contemplaram as faces dos anos e seus ouvidos escutaram as vozes da vida.”

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