sábado, 12 de setembro de 2015

Elisabeth Kubler- Ross

Elisabeth Kubler-Ross
Elisabeth Kubler-Ross (1926-2004), Médica, psiquiatra, foi uma pioneira em matéria de acompanhamento de pessoas em fim de vida. Ela passou centenas de horas à cabeceira de pacientes terminais, observando o comportamento dos mesmos.
Em entrevistas, ela resume  convicções baseadas em suas próprias pesquisas científicas: “A morte é apenas uma transição para uma outra forma de vida. O instante da morte é uma experiência única, bela, libertadora, que  se vive sem medo nem angústia”.

Hans Küng, um conhecido teólogo suíço,  salienta a importância dessa mulher corajosa e diz que não somente os teólogos, mas um número incalculável de pessoas, lhe são infinitamente reconhecidos, pois ela, ao abordar essas questões sobre a morte, quebrou um velho tabu e abriu a medicina para um tema tão importante.

Elisabeth Kubler-Ross escreveu vários livros, dentre os quais se destacam: “Sobre a morte e o morrer”, “A Roda da Vida” e “A morte – um amanhecer”.

Para ela, as pessoas portadoras de uma doença terminal passam por várias fases, em relação à sua doença. Podemos resumi-las em “não-aceitação”, incluindo queixas, revolta, depressão e, finalmente,  aceitação, fase em que a pessoa não se identifica mais com o corpo e experiencia a paz da consciência.

“Sobre a morte e o morrer”, há um fato que devo mencionar. Depois de ler o livro, ofereci-o a meu médico, Dr. Joaci  Medeiros. Percebendo a importância do assunto, tão pouco conhecido por seus colegas, ele resolveu oferecer um exemplar do livro ao Presidente da Unimed Fortaleza. Eu soube, algum tempo depois, que a Unimed adquiriu cerca de 100 exemplares do livro e os distribuiu a médicos, sobretudo aos que trabalhavam nas UTI´s.

“Roda da Vida” foi o último livro que ela escreveu. Trata-se de uma autobiografia, em que  são descritos os  fatos de maior relevância em sua vida.

Elisabeth Kubler-Ross é uma cientista, cuja vida foi dedicada à compreensão de uma realidade tão temida  e negada por quase todas as pessoas: a morte. Mas ela, enfrentando os preconceitos de seus colegas de medicina, persistiu com tenacidade na busca da verdade que, mais cedo ou mais tarde, é sempre vitoriosa

Como ela diz: "É muito importante saber que, se você tiver uma consciência clara e se estiver fazendo o seu trabalho com amor, os outros o desmoralizarão e tentarão arruinar a sua vida. E depois de dez anos, entretanto, você terá dezoito doutorados pelo mesmo tipo de trabalho."

Para finalizar, transcrevo o que constitui a essência de seu pensamento sobre a morte:

 "Quando acabamos de fazer tudo o que viemos fazer aqui na Terra, podemos sair de nosso corpo, que aprisiona nossa alma como um casulo aprisiona a futura borboleta. E, na hora certa, podemos deixá-lo para trás, e não sentimos mais dor, nem medo, nem preocupações - estamos livres como uma linda borboleta voltando para casa, para Deus..."

Um comentário:

  1. "Quando acabamos de fazer tudo o que viemos fazer aqui na Terra, podemos sair de nosso corpo, que aprisiona nossa alma como um casulo aprisiona a futura borboleta. E, na hora certa, podemos deixá-lo para trás, e não sentimos mais dor, nem medo, nem preocupações - estamos livres como uma linda borboleta voltando para casa, para Deus..."

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