sábado, 3 de setembro de 2016

Krishnamurti

Krishnamurti

Todos os nossos problemas são criados pelo pensamento e a mente é treinada para resolver os problemas com mais pensamento. Assim, o pensamento cria o problema e depois tenta resolvê-lo.

Tudo o que nasce do pensamento é condicionado, produto do tempo e da memória; por conseguinte, não é o real.

Não existe medo de espécie alguma em face do momento real e vivo. Esta é uma coisa extraordinária para você descobrir. O pensamento no que aconteceu ou poderá acontecer é desatenção e a desatenção gera o medo.

Tudo está em você. Em você se encontra o Supremo, o Imenso, se você souber olhar. Devemos olhar essa vida, que é imensa e ilimitada, com olhos que estejam somente a observar.

Para que precisamos de outras pessoas, se o tesouro está todo inteiro dentro de nós mesmos?  O importante é que você mesmo descubra as coisas, a fim de ser livre e não um ente humano de segunda mão.

Para entrardes em relação direta com alguma coisa, não deve existir nenhuma imagem entre vós e a coisa que observais. A imagem é a palavra, a memória do que foi ontem.

A única coisa capaz de operar transformação é a vigilância cotidiana. O que põe fim ao sofrimento é a observação atenta a tudo o que fazeis. O ato de observar produz tremenda energia, enquanto a desatenção é perda de energia.

É dificílimo, neste mundo, a mente ser livre. No momento em que fordes livres, sereis uma ameaça à sociedade, à religião organizada, a todas as coisas malsãs existentes ao redor de vós.

Se tendes em vossa vida a meditação, essa coisa maravilhosa, tendes tudo. Se não há meditação, nenhuma possibilidade temos de ultrapassar os limites do pensamento, da mente, do cérebro.

Eu digo que é possível a mente ficar livre de qualquer condicionamento. Quando digo que é possível é porque isso é um fato para mim.

O conhecerdes a vós mesmo é a mais difícil tarefa que vos podeis atribuir. Podeis ir até à lua, fazer tudo quanto é possível fazer na vida, mas se não vos conhecerdes, sereis uma entidade vazia, embotada.

A observação de vós mesmo é de absoluta necessidade. O mal é a total falta de autoconhecimento. Conhecer a si próprio é pôr fim ao sofrimento.

Se o corpo sente dor, prestai atenção a essa dor, observai-a. Não deixeis o pensamento interferir nela. Quando vos vedes diretamente em presença de alguma coisa, não há medo. Só quando surge o pensamento é que há medo.

Uma das coisas mais difíceis é olhar, observar. Olhar uma coisa sem nenhuma imagem dessa coisa. A imagem cria distância entre o observador e a coisa observada e nessa distância acha-se todo o conflito humano.

A morte deve ser um fato extraordinário. Assim como é a vida, com sua exuberância, sua riqueza, sua variedade e plenitude, assim deve ser a morte. Mas, para compreender tão vasta questão, a mente deve estar livre do temor.

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