sábado, 27 de junho de 2020

Morte - A grande aventura

Alice Baylei
As pessoas são propensas a esquecer que todas as noites, durante as horas de sono, morremos para o plano físico e estamos vivos e atuantes em algum outro lugar. Elas se esquecem de que já têm facilidade para abandonar o corpo físico.

Porque não podem ainda trazer de volta para a consciência do cérebro físico a lembrança dessa passagem e o subseqüente intervalo de vida ativa, deixam de relacionar morte e sono.

A morte, afinal, é apenas um intervalo mais longo na vida que funciona no plano físico; nós apenas “saímos de viagem” por um período maior, mas o processo do sono diário e o processo ocasional de morrer são idênticos, com a única diferença de que, no sono, o fio magnético ou corrente de energia, ao longo do qual corre a força da vida, é preservado intacto, e constitui o caminho de retorno ao corpo. Na morte, este fio de vida é partido ou interrompido. Quando isto acontece, a entidade consciente não pode retornar ao corpo físico denso e esse corpo, faltando o princípio de coesão, então se desintegra.

A inconsciência nos moribundos é apenas aparente. De 900 casos em 1000 há percepção cerebral, com total consciência dos acontecimentos. Mas existe uma total paralisia da vontade para expressar-se e completa incapacidade para gerar a energia que indicaria atividade.                 

Falo sobre a morte como alguém que conhece o assunto e posso dizer: não há morte, mas a entrada numa vida mais plena. Se as pessoas tivessem mais conhecimento, o nascimento seria a experiência que temeriam e não a morte, pois o nascimento coloca a alma em verdadeira prisão, enquanto a morte física é apenas o primeiro passo para a liberdade.

Poderia imaginar o dia em que o processo da morte, claramente reconhecido e benvindo pelo homem, pudesse ser descrito por ele nesta simples frase: “Chegou a hora em que a força atrativa da minha alma pede que eu abandone o meu corpo e o restitua ao lugar de onde veio”. Imaginem a transformação  na consciência humana quando a morte vier a ser considerada um ato simples e consciente de abandono da forma, temporariamente emprestada.

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