sábado, 21 de junho de 2014

Minhas leituras

Js.

Um problema na garganta e nariz, provocado pelo contato com papel e livros, suscitou em mim um questionamento sobre a validade das minhas leituras.

Encerro o ano com 44 livros lidos e já preparei os recortes de papel para relacionar os novos livros, a serem lidos na maratona do ano seguinte.

Que sentido tem toda essa fome de leitura? Vou destacar dois aspectos: a preocupação pela quantidade de livros lidos e a necessidade de ouvir o que dizem os outros. Ora, ambas as motivações, segundo Maslow, atendem mais a uma “necessidade de segurança” e já é tempo de prevalecerem os fatores de crescimento.

Estas foram as luzes que, nesta manhã, minha consciência projetou sobre um assunto de tanta importância para mim.

E a pergunta principal: para que ouvir tantos mestres, em detrimento da escuta do Mestre interior? Krishnamurti, Osho, H. Rohden, Muktananda e muitos outros, todos eles hauriram suas riquezas diretamente da fonte interior. E por que eu, também, não poderei fazê-lo?

Vou aguardar o desdobramento dessa exigência que, a despeito de mim, se fez luz na minha consciência.
 
O texto acima foi escrito em 1987. São decorridos 27 anos e merece, pois, alguns acréscimos.
Ainda continuei por alguns anos com a mesma sede de leitura, mas há um fato novo que passou a ser preponderante em minha vida: a meditação.

Essa mudança de rumo se acentuou ainda mais ao me deparar com depoimentos de pessoas sábias, sempre chamando minha atenção para a riqueza que existe em nosso interior.

Ultimamente, li um texto de Ibn Arabî (1165-1240), um místico sufi, filósofo e poeta, que tocava na mesma tecla:  “Ó tu que procuras o caminho, volta atrás, pois é em ti que se encontra o segredo.” Esta afirmação foi feita no século XIII, mas continua válida ainda hoje, pois a Verdade é eterna. Os sábios de hoje, sem exceção, afirmam a mesma coisa.

Há alguns meses atrás, enviei um e-mail para Alsibar, um cearense do qual já falei em uma das minhas postagens, relatando-lhe todo o meu esforço visando à  auto-realização. A resposta que recebi ainda hoje repercute em minha vida. Disse-me ele "Também fico feliz em saber sobre a jornada do conterrâneo espiritualista . Mas, amigo, se me permite - abandone a luta, antes que seja tarde demais. Talvez o dia já tenha chegado e você não tenha percebido."

Nestes últimos anos, doei à Universidade mais de mil livros, porque agora só leio e-books. Compro pela Internet e em poucos minutos o livro é baixado para o  computador e daí eu o transfiro para o Kindle Paperwhite da Amazon, que comporta mais de mil livros. Posso, também, fazer a compra diretamente do Kindle.

Com o e-reader posso montar uma biblioteca de mil livros, num pequeno aparelho portátil e leve.
 Há, também, muitos livros disponíveis em formato PDF que podem ser baixados gratuitamente para o Computador.

Não me desfiz de quatro livros de papel; dentre eles está “Autobiografia de um Iogue”, pois tenho uma gratidão imensa por Yogananda; foi ele que me estimulou e orientou a fazer da meditação uma parte fundamental da minha vida.

Como conclusão, escolhi uma parábola de Cristo, citada no Evangelho de São Mateus: "O Reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido no campo; um homemo acha e, na sua alegria, vai, vende tudo o que possui e compra aquele canpo".

É em ti que se encontra o tesouro; busca-o.

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