sábado, 4 de fevereiro de 2017

A Fonte da Felicidade

Dalai-Lama
Se uma pessoa tem realmente um profundo interesse em crescer espiritualmente, a prática da meditação é imprescindível. Somente orações ou o simples desejo não influenciam de modo significativo a mudança interior. A única forma de desenvolvimento é um esforço constante, através da meditação.

Creio que há uma importante distinção a ser feita entre religião e espiritualidade. Julgo que a religião esteja relacionada aos ensinamentos ou dogmas religiosos, rituais, orações e assim por diante. Considero que a espiritualidade esteja relacionada com aquelas qualidades do espírito humano – tais como amor e compaixão, paciência, tolerância, capacidade de perdoar, alegria, noção de responsabilidade – que trazem felicidade tanto para a própria pessoa, quanto para os outros. É por isso que, às vezes, digo que talvez se possa dispensar a religião. O que não se pode dispensar são essas qualidades espirituais básicas.

Estamos todos aqui neste planeta, por assim dizer, como turistas. Nenhum de nós pode morar aqui para sempre. O maior tempo que podemos ficar é, aproximadamente, cem anos. Sendo assim, enquanto estamos aqui, deveríamos procurar ter um bom coração e fazer de nossas vidas algo de positivo e útil. Quer vivamos poucos anos ou um século inteiro, seria lamentável e triste passar este tempo agravando os problemas que afligem as outras pessoas, os animais e o ambiente. O mais importante de tudo é ser uma boa pessoa.

Descobri que o mais alto grau de paz interior decorre da prática do amor e da compaixão. Quanto mais nos importamos com a felicidade de nossos semelhantes, maior o nosso próprio bem-estar. Ao cultivarmos um sentimento profundo e carinhoso pelos outros, passamos automaticamente para um estado de serenidade. Esta é a principal fonte da felicidade.       

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