domingo, 4 de dezembro de 2016

A Busca

Paul Brunton
A busca é uma jornada de volta para casa. O Pai está esperando por seu filho. Ele o receberá, alimentará e o abençoará.

Há outro tipo de exploração além de atravessar desertos, penetrar selvas, galgar montanhas e cruzar continentes. É a que procura o interior misterioso da mente humana, escala os alcances mais elevados da consciência humana e depois volta para relatar rotas e descobertas aos outros, de modo que eles também, se quiserem, possam encontrar seu caminho.

É um caminho de felicidade radiante, para pessoas fortes e positivas. Sua exortação é: “Torne-se melhor do que você é”. Seu mandamento é: “Viva de um modo mais belo do que está vivendo”.

Os homens viajam para esquecer seus fardos, mas, a menos que o pensamento seja conquistado, não podem fugir de si mesmos.

O eu interior do homem tem a capacidade de lhe fazer suas próprias revelações. Depois de recebê-las, ele perceberá que está cada vez mais independente das que vêm de fora.

A verdade esconde-se sozinha dos que não estão prontos; não precisa ser escondida deles.

Se o reino dos céus está dentro de nós, qual a utilidade de criar uma instituição fora de nós?

Nosso ser interior é um mundo de luz, de alegria, de poder. Descobri-lo e mantermo-nos nele é sermos abençoados por essas coisas.

A Terra Santa, onde jorra leite e mel, está dentro de nós; mas a selva que temos de atravessar, antes de alcançá-la, também está dentro de nós.

A diferença entre o início e o fim do caminho é a diferença entre um escravo e um senhor.

Ir à Índia ou a qualquer outro lugar, em busca de iluminação espiritual, não é tão importante quanto ir ao interior de nós mesmos, descobrir quem somos.

Como é fraco e desamparado o homem que é apenas ele mesmo. Como é forte e amparado o homem que é ele mesmo e mais que ele mesmo. No primeiro, há apenas o pequeno ego como força motriz; no segundo, há também o infinito ser universal.

O amor que a pessoa quer e espera encontrar fora de si mesmo deve ser encontrado em seu interior. O verdadeiro ser amado não é uma pessoa, mas uma presença. Quando o amor genuíno o inunda, ele descobre que sua forma física é mera caricatura e que sua forma humana é um pálido reflexo.

Apesar de o movimento rumo à iluminação avançar por estágios, o momento real da iluminação vem abruptamente, com uma transcendência súbita da escuridão na qual vivem os homens.

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